EDIÇÃO 2011



CURTAS
A mais forte (Rick Mastro | 2009 | Brasil | 15')
Num acidente, um morre e o outro sobrevive. O espólio do casal gay é debatido por suas mães, mas o que está em jogo não são os bens materiais. A ausência, as lembranças e, principalmente, a não aceitação da realidade constroem uma narrativa forte, onde o ponto alto é a interpretação das atrizes.


Amanda e Monick (André da Costa | 2008 | Brasil | 18')
As personagens do documentário parecem saídas de uma trama de Almodóvar. Mas é tudo verdade. Duas travestis no interior da Paraíba têm vidas opostas. Uma é recatada e leciona, a outra é prostituta. Tudo segue sem maiores incidentes até que uma delas engravida uma lésbica.


Bailão (Marcelo Caetano | 2009 | Brasil | 17')
Na penumbra da boate, homens maduros esquecem o mundo e se entregam à música e à dança. Fora dos domínios do baile, eles falam do passado e do presente, refletem sobre pegações e perseguições, revelando o submundo gay dos anos 1960 e 70. Em comum nas histórias, a mágoa por não terem vivido às claras seus sonhos e desejos.


Depois da Curva (Helton Paulino | 2009 | Brasil | 18')
Uma antiga amizade pode ser posta em xeque quando os sentimentos perdem o rumo da estrada? Paulo começa uma nova profissão, como motorista, de uma funerária e em meio a acontecimentos que abordam questões de vida e morte, ele reavalia conceitos sobre o amor, o destino e as relações humanas.

Depois do Almoço (Rodrigo Diaz Diaz | 2009 | Brasil | 13')
Um almoço entre amigos, com direito a maridos envolvidos com futebol, crianças brincando e discutindo e esposas em conversas animadas. É nesse clima ameno e convencional que alguns segredos começam a ser revelados e um sonho erótico pode alterar o rumo da história. 

Diálogo (Danon Lacerda | 2010 | Brasil | 19')
Dois homens. Um apartamento. Apesar do título, o silêncio que permeia o curta inspira a reflexão sobre a comunicação nos relacionamentos. Homenagem declarada do diretor ao autor Caio Fernando Abreu, o filme trabalha a linha que separa equilíbrio e desequilíbrio, com um final sem espaço para o meio termo.  

Eu e o cara da piscina (William Mayer | 2010 | Brasil | 8')
O virtual e o real se fundem na vida de Guilherme que, sentindo-se atraído por seu melhor amigo, descobre uma maneira de dizer isso a ele, concretizando o seu desejo. Mas será que é tudo verdade? Com uma fotografia marcante e elenco bem afinado, o diretor consegue fazer poesia em poucos minutos.

Eu não Quero Voltar Sozinho (Daniel Ribeiro | 2010 | Brasil | 17')
Três adolescentes em pleno período da descoberta do amor. Até aí tudo bem. Um é deficiente visual, cuja melhor amiga nutre por ele sentimentos ambíguos. Até que surge um aluno novo e com ele afloram afetos até então desconhecidos. O filme ganhou os principais prêmios de festivais no Brasil e no exterior.


Fumaça em Formatos Bizarros (Lufe Steffen | 2010 | Brasil | 17')
Conflitos, dúvidas, desapontamentos e desejos de um grupo de amigos gays, héteros e bissexuais que vive numa metrópole nos dias de hoje. O foco é o mundo jovem, suas descobertas sexuais, relações virtuais, fetiches e temas que orbitam esse universo.
Mais ou Menos (Alexander Antunes Siqueira | 2010 | Brasil | 14')
O tema não poderia ser mais atual: o bullying. Adolescentes em idade escolar, numa cidade do sul do Brasil, vivem um clima de guerra íntima e pessoal. Depois de uma escapada desesperada pela noite, o inesperado acontece. O que havia de fato por trás de tanta perseguição?

O Amor do Palhaço | Armando Praça | 2005 | Brasil | 15')
Um corpo abandonado numa árida paisagem aponta para o começo do fim de Grete, uma travesti cansada de guerra, que abandona a falsa segurança do circo e as promessas do seu amante palhaço. Luis Miranda e Claudio Jaborandy dão vida a conhecidos artistas mambembes de Canoa Quebrada em interpretações marcantes.


O Bolo (Robert Guimarães | 2010 | Brasil | 12')
Um bolo de aniversário feito com um ingrediente muito especial desperta as mais secretas fantasias sexuais de uma empregada doméstica pacata e religiosa. O “bolo” afeta a relação da boa moça com seu patrão, um artista bonitão (e gay convicto) e o porteiro do prédio, garantindo situações hilárias.



Os Sapatos de Aristeu (René Guerra | 2008 | Brasil | 17')
A morte de uma travesti desencadeia uma quebra de braços entre sua família e suas amigas, que não chegam a um acordo sobre o sepultamento. A fotografia em preto e branco e as interpretações de Berta Zemel, Fedra de Córdoba e Denise Weimberg criam uma atmosfera densa e cheia de nuances. 

Páginas de Menina (Mônica Palazzo | 2008 | Brasil | 19')
O amor secreto entre uma estudante e a gerente de uma livraria na Araraquara dos anos 1950, é contado de forma sutil, onde as descobertas se dão em meio aos livros. É um encontro que vai influenciar escolhas e vocações, marcando a vontade das personagens de ir além do convencional, numa época em que poucos ousavam assumir os próprios desejos.

Poliamor (José Agripino | 2009 | Brasil | 15')
O que seria poliamor? Com a premissa na cabeça, o documentarista analisa a diversidade amorosa em seus diversos matizes, questionando uma sociedade onde predominam os valores afetivos monogâmicos e apresentando personagens que optam por arranjos de relacionamento diferentes.

Quenda (Alexandre Bortolini / Warllem Machado | 2010 | Brasil | 15')
Três jovens cariocas mostram a sua cara e contam como enfrentam o desejo, o preconceito, os dilemas, mas também suas baladas preferidas. Trata-se de um retrato contemporâneo do gay carioca que saiu da adolescência aprendendo a lidar corajosamente com o que há de mais belo e cruel na Cidade Maravilhosa.
Retratos (Bia Lelles | 2011 | Brasil | 17')
Um homem solitário é abordado por um desenhista que lhe propõe a fazer sete retratos. Uma complexa relação entre esses dois personagens se estabelece com o passar do tempo, e a partir da conclusão de cada retrato. Adaptado do conto homônimo de Caio Fernando Abreu.

Sapphadas (Cristina Beskow | 2008 | Brasil | 32')
O trabalho é resultado de uma oficina de vídeo realizada em Campinas com um grupo de militância lésbica. Narra a trajetória de dois casais, os encontros, o cotidiano e a relação com a família.O documentário ouve também a opinião das pessoas nas ruas e mostra imagens de ativistas pelos direitos LGBT.

Suspeito (Eduardo Mattos | 2009 | Brasil | 19')
A trilha sonora de Cazuza dá o tom à história de Pedro e Diego. O enredo é conhecido: menino do interior vai para cidade grande e se apaixona por outro rapaz. Mas a narrativa não cede aos apelos do erotismo e foca no tom romântico e sensível, com fortes referências literárias.

Um par a Outro (Cecília Engels | 2009 | Brasil | 12')
O que acontece na vida de um casal quando um terceiro elemento se impõe de forma arrebatadora. O filme narra o relacionamento estável de Jonas e Flávio, até a noite em que eles se envolvem com Maíra, que engravida inesperadamente, revelando com isso a fragilidade das relações.



LONGAS


Contracorrente (Javier Fuentes-León | 2009 |Peru, Colombia, França, Alemanha | 102')
Numa pequena vila de pescadores no litoral do Peru, Miguel está prestes a ser pai. Casado com a doce Mariela, ele esconde de todos um grande segredo: o romance com o pintor Santiago, homem misterioso e mal visto pelos moradores do local. Paixão, morte, infidelidade e cumplicidade se misturam nessa história repleta de humanidade e misticismo.

Como Esquecer (Malu de Martino | 2010 | Brasil | 100')
Depois de uma intensa e duradoura relação amorosa com uma mulher cheia de enigmas, a professora de literatura Júlia (Ana Paula Arósio) tenta recuperar o equilíbrio e a alegria de viver. O filme retrata personagens comuns, que lutam para superar os desafios até reencontrar o caminho da felicidade.

Patrik 1.5 (Ella Lemhagen | 2008 | Suécia | 103')
A história mostra que o preconceito existe em qualquer lugar do mundo, incluindo a civilizada Suécia. O casal Göran e Sven decide morar no interior do país, onde teriam casa, cachorro e família. Mas, apesar da aparente aceitação, eles enfrentam a hostilidade dos vizinhos e sofrem agruras nas mãos do governo quando tentam adotar um filho.








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