sábado, 26 de setembro de 2015

Curtas marcam último dia da Interiores 2015

A mostra Interiores 2015 chega à reta final nesta sábado, 26, no Sesc Rio Preto. Dois módulos de curtas marcam o sábado, e as exibições começam as 15h. Também haverá bate-papo com diretores presentes: Alexandre Estevanato, de Rio Preto, e Lufe Steffen e Diego Carvalho Sá, de São Paulo. Confira as sinopses dos curtas.

Módulo de curtas

 
LÂMPADAS FLUORESCENTES SOB OS OLHOS DAS COBRAS-CEGASSão José do Rio Preto (SP) | 2015 | 16 min
Direção e roteiro | Alexandre Estevanato
Elenco | Rafael Santos, Fernanda Chicolet, Junior Rossi e Harlen Félix.

O curta tenta desvendar as questões por trás do preconceito a partir da trajetória de uma mãe que começa viver um conflito moral ao perceber que seu melhor amigo gay pode ser uma influência na vida de seu filho ainda criança.


 
ALGUM LUGAR NO RECREIO
São Paulo (SP) | 2014 | 20 min
Direção e roteiro | Caroline Fioratti
Elenco | Beatriz Alves, Lucas Milano, Mayara Blanco e Amanda Ferrari, Felipe Castro, Leonardo Calauti, Larissa Consoli, Júlia Taniguti, Bernardo Barcellos e Pedro Milan.

Pelos cantos do colégio, dramas ocultos que o recreio promove e encobre: Lucas e Daniel preparam uma bomba; Nicolas e Jaqueline beijam-se para esconder seus reais desejos; Carvalho tenta controlar seus impulsos a repetidos insultos; Alice precisa de urina limpa para encobrir seu segredo; e Luiza só quer encontrar um lugar no recreio.















ANTES DE PALAVRAS
´Recife (PE) | 2013 | 14 min
Direção e roteiro | Diego Carvalho de Sá
Elenco | Maurício Destri, Henrique Larré e Marcella Arnulf.

Fragmentos da aproximação entre dois garotos contemplam o ingênuo interesse de Célio por Dário, o pressupor de Sofia diante desta aproximação e o interesse prévio de Dário por Célio.


 
CASA FORTE
Recife (PE) | 2013 | 11 min
Direção | Rodrigo Almeida
Elenco | Mário Jarbas e Thalles Oliveira

Um bairro povoado por fantasmas de um relacionamento e de uma tradição. Melhor Curta-metragem Pernambucano - Prêmio ABD no Festival de Cinema de Triunfo em 2014. Menção Honrosa - Júri Oficial no Fronteira - Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental em 2014. Troféu Cachaça Cinema Clube - Melhor Filme Arcaico no Festival Internacional de Curtas de São Paulo em 2014.










O CLUBE
Rio de Janeiro (RJ) | 2014 | 17 min
Direção | Allan Ribeiro
Roteiro | Allan Ribeiro e Douglas Soares
Elenco | Elaine Parker, Sophya Monroe e Patrícia San Lorran.

O clube, palavra comumente associada ao universo masculino, se refere no filme à Tuma OK, grupo de transformistas do Rio de Janeiro que celebra 54 anos de funcionamento.












QUITO
São Paulo (SP) | 2014 | 22 min
Direção e roteiro | Rui Calvo
Elenco | Andrea Marquee, Henrique Figueiredo, Inaiê Goulart e Jorge Neto.

Quito é um adolescente que não está confortável com o seu modo de ser. Ele quer ter dinheiro para tirar carta de motorista e mudar tudo em sua vida. O seu desconforto cresce quando conhece Benê, um garoto que parece mais à vontade para fazer o que quer.


 
UM ESTRANHO NINHO
Porto Alegre (RS) | 2013 | 15 min
Direção e roteiro | Matheus Heinz
Elenco | Lauro Ramalho, Antônio Carlos Falcão, Dinorah Araújo, Walney Costa e Áurea Baptista

Ciça Cyborg e Rúbia Mutt só queriam ter uma boa noite de sono, mas acabaram conseguindo algo a mais, tornaram-se mães... ou pais?

Vale a Pena Ver de Novo


 
SARGENTO GARCIA
Porto Alegre (RS) | 2000 | 16 min
Direção | Tutti Gregianin
Elenco | Antonio Carlos Falcão, Gedson Castro e Marcos Breda
Baseado no conto homônimo de Caio Fernando Abreu, narra o encontro de um jovem e um sargento na década de 70.














RASGUE MINHA ROUPA
São Paulo (SP) | 2002 | 10 min
Direção | Lufe Steffen
Elenco | Conrado Gotti, Gaion De Oliveira, Glauce Gomes, Priscilla Maia, Renato Murbach, Thiago Antunes, Tiago Grandeza, Tony Germano
As aventuras do Bofe na Coleira, perdido na selva de pedra da cidade grande, sempre perseguido por personagens bizarros.
















BEIJO DE SAL
Rio de Janeiro (RJ) | 2006 | 18 min
Direção | Fellipe Gamarano Barbosa
Elenco | Bruno Mendes, Domingos Alcântara, Eduardo Dargains, Juliana Gonçalves, Mônica Bresser, Pollyanna Simões, Rogério Trindade, Suzana Pires
Numa ilha isolada na costa verde do Rio, o quarentão Rogério tenta trazer seu melhor amigo recém-noivado de volta para a boa vida.















CAFÉ COM LEITE
São Paulo (SP) | 2007 | 18 min
Direção | Daniel Ribeiro
Elenco | Daniel Tavares, Diego Torrac, Eduardo Melo
Quando os planos para o futuro mudam, novos laços entre Danilo, Lucas e Marcos são criados. Entre videogames e copos de leite, dor e decepção, eles precisam aprender a viver juntos.
















Rio de Janeiro | 2007 | 5 min
Direção | Felipe Sholl
Elenco | Fernando São Thiago, João Ferreira
Dois meninos de vinte e poucos anos exploram sua sexualidade em um banheiro público.













SINGULARIDADES
Curitiba (PR) | 2006 | 35 min
Direção | Luciano Coelho
Um pedreiro, uma empresária, um zelador, um artista plástico, uma ex-dançarina e uma travesti, todos homossexuais e chegando ao 50 anos. O que muda? Quais são os planos? O que esperam de um relacionamento? Documentário realizado pelos alunos da Oficina de Realização de Vídeo do Projeto Olho Vivo, coordenada por Luciano Coelho.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

'Olho Nu' com Nelson do Põe na Roda na plateia

A trajetória de uma das figuras mais emblemáticas da música brasileira é revisitada no documentário "Olho Nu", produção do diretor Joel Pizzini em parceria com o Canal Brasil. O longa é a atração desta sexta-feira, 25, da quinta edição da mostra INTERIORES, que segue no Sesc Rio Preto.

Ney Matogrosso é reverenciado em 'Olho Nu'

A partir de um acervo disponibilizado pelo próprio artista, que também está presente com seus depoimentos, "Olho Nu" evidencia os principais aspectos de sua carreira, do visual exótico assumido em plena ditadura militar ao diálogo com nomes importantes da música nacional.

Nelson Sheep, do Põe na Roda, estará conosco

E a sessão desta sexta-feira da mostra Interiores terá um convidado especial na plateia. Trata-se de Nelson Sheep, do canal de humor Põe na Roda. Ele está em Rio Preto participando de um seminário de serviço social que discute questões relacionadas ao público LGBT. E, à noite, vai dar um pulinho no Sesc Rio Preto para assistir a "Olho Nu".

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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Documentário discute questões de gênero

Sexualidade e identidade de gênero protagonizam o documentário "De Gravata e Unha Vermelha!, da diretora Miriam Chnaiderman, que será exibido nesta quinta-feira, dia 24, na mostra INTERIORES. A sessão começa às 20h, no Sesc Rio Preto.

O estilista Dudu Bertholini

Por meio de depoimentos de personalidades que desafiam as fronteiras entre os gêneros, a diretora constrói um panorama reflexivo sobre um dos temais mais caros para a sociedade contemporânea. O longa evidencia que a construção do gênero está além da genética, sendo, sobretudo, social.

Johnny Luxo também é entrevistado

Em fevereiro de 2015, o Facebook permitiu que os próprios usuários definissem sua identidade de gênero. A iniciativa não foi inédita, já havia ocorrido no Google+ e Tumblr, e visa justamente atender à imensa variedade de definições sexuais hoje existente, um cenário pouco conhecido por quem ainda se atém ao binômio masculino e feminino.

A cartunista Laerte

Vencedor do Prêmio Felix no Festival Rio 2015, "De Gravata e Unha Vermelha" impressiona pela quantidade e simplicidade dos relatos apresentados. Entre os entrevistados estão o cantro Ney Matogrosso, o estilista Dudu Bertholini, a cartunista Laerte, a transformista Rogéria, entre outros nomes.

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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Barteliê é o bar cultura da mostra INTERIORES

A mostra INTERIORES ganha um bar cultural em sua quinta edição. Isso mesmo, teremos um espaço para troca de ideias entre diretores e público. Portanto, fique ligado nessa dica.

Barteliê Gastrô, o bar cultural da INTERIORES

O bar cultural da INTERIORES será o Barteliê Gastrô, um point charmoso e que exala cultura. O Barteliê, comandando pela mosaicista Carol Escabin e pelo culinarista Ronaldo Vilerá, é um misto de bar e ateliê que fica no bairro Eldorado.

Uma das delícias feitas por Ronaldo Vilaré

Serão feitas duas noites de INTERIORES no Barteliê. Um será nesta quarta-feira, 23, após a exibição do documentário "Para Sempre Teu Caio F.". A outra será no sábado, 26, marcando o encerramento desta edição. Aliás, no sábado também será comemorado o aniversário do Harlen Félix, apresentador da mostra INTERIORES.


Anota o endereço e garanta sua presença: rua Três Fronteiras, 2695. Curta a fan page do Barteliê Gastrô no Facebook e confira o mapa para chegar no local.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Caio Fernando por Candé Salles na Interiores 2015

A mostra INTERIORES 2015 começa reverenciando um dos escritores mais emblemáticos para o público LGBT e mais renovadores da literatura brasileira, Caio Fernando Abreu. A quinta edição da mostra de cinema da diversidade sexual começa neste dia 23, quarta-feira, no Sesc Rio Preto, com o documentário ‘Para Sempre Teu Caio F.’, que traça a trajetória de Caio Fernando a partir de depoimentos de pessoas que conheceram o escritor gaúcho.

 Caio Fernando em Londres (Foto: Marcos Santili)

Presente na abertura da mostra INTERIORES, o diretor carioca Candé Salles conta um pouco de sua relação com Caio Fernando e sobre o seu documentário no texto que segue abaixo, bem no estilo Caio Fernando de escrever. Confira:

 Caio e Candé em 1994

Aos 17 anos conheci a obra de Caio Fernando Abreu através de seu mais famoso livro, ‘Morangos Mofados’. ‘A Caetano Veloso porque ele existe’, começa assim o livro.

Enquanto meus amigos queriam jogar futebol e ouvir rock eu seguia quieto pelos cantos, lendo Caio e ouvindo Caetano em fita K7. Fiquei muito impressionado como Caio conseguia definir em palavras os sentimentos e as sensações que tenho dentro de mim. Queria mais, então fui ler ‘O ovo apunhalado’, livro que considero o meu favorito. Depois do ‘ovo’ não parei... Li todos.

Eu sempre fui um amante da literatura e, apesar de ser um cara animado, que adora sair, gosto também de ficar em casa lendo. E com os livros de Caio comecei a me entender por dentro, fundo. Me senti exposto ali. Tenho a impressão que todos que leem Caio se sentem assim, parece que ele escreve pra você.

Fiquei dos 17 aos 18 numa espécie de mergulho dentro da obra literária de Caio. Decorava os textos que eu mais gostava, e comecei uma busca por tudo que podia encontrar dele, crônicas de jornais, matérias de revistas, fotos, entrevistas. E me apaixonava a cada descoberta por esse escritor maravilhoso.

Escolhi cinco contos que eu mais gostava de livros diferentes e fiz um roteiro para o teatro com esses textos. Consegui o telefone de Caio e liguei pra ele me apresentando. ‘Caio Fernando? Tudo bem? Meu nome eh Candé, moro no Rio, tenho 18 anos, e peguei 5 contos seus e adaptei para o teatro, e queria  pedir pra você autorizar eu montar’. Do outro lado, Caio ria de mim e dizia...’ 18 anos?’.  Eu disse a ele...  ‘Porque você não lê o que eu fiz e depois você vê se ri ou não?’ Caio concordou e me passou o endereço do bairro Menino Deus, em Porto Alegre, onde morava. Mandei pelo correio.

Passou muito tempo, 1 mês, e Caio me ligou perguntando se fora eu mesmo q tinha feito a adaptação e se eu tinha 18 anos? Foi a minha vez de rir. Perguntou também se eu conhecia o diretor Gilberto Gawronski, gaúcho que mora no Rio. Dizia ele: ‘Se Gilberto aceitar dirigir, eu autorizo a montagem’. Gilberto aceitou e com Natalia Lage, Suzana Pires, Mauricio Branco e Henrique Farias o elenco estava formado.

Caio veio ao Rio no início de 94 e ficou uma semana com agente, assistiu aos ensaios dando opiniões a Gilberto. Eu ficava olhando pro Caio agradecido por estar trabalhando com ele. E pensei que, se eu fizer o meu trabalho com dedicação, a vida me aproximaria de meus ídolos. Era isso que tinha acontecido.

Depois fomos estrear a peça em Fortaleza. Caio foi junto. Ficamos perto. Dividimos almoços, jantares, pegamos sol na piscina do hotel e  falamos de vida, arte,  música e de Caetano. Caio era louco nele. Quem não eh? Pensei... um dia ainda vou conhecer esse cara. De Fortaleza Caio voltou pra Porto Alegre e seguimos com a peça viajando pelo Brasil.

No início de 95, fizemos uma temporada no teatro Augusta em SP. Caio ia sempre ao teatro e saía pra jantar com agente. Riamos muito. Caio era engraçado e delicado. Nos tratava sempre com muito carinho, chegou a escrever uma crônica dizendo que éramos como filhos não tidos dele.

Depois disso, Caio adoeceu e acabou por nos deixar, vitima da aids, em 96. Fomos no dia de sua morte à praia do Arpoador rezar por ele. Caio partiu me deixando um vazio por dentro. No ano seguinte, fui estudar cinema e descobri que era isso que eu queria pra minha vida. Comecei a trabalhar numa produtora e conhecer as pessoas do meio cinematográfico.

Numa festa do diretor Cacá Diegues, acabei conhecendo Caetano. Nos tornamos amigos. Em 98, Caetano fez uma festa de aniversário e me convidou. Fui e levei pra ele um exemplar de ‘Morangos Mofados’. Acho que Caio gostou que fiz isso. E pensei que depois que conheci Caetano essa dor, da falta de Caio, amenizou-se. É da natureza da dor parar de doer, diria Caio.

Hoje, eu com 39 anos, diretor de cinema, lanço um documentário sobre Caio, ‘Para sempre teu Caio F.’, baseado no livro de mesmo nome que Paula Dip escreveu. E é com muito amor que conto a história desse escritor que a vida colocou e tirou tão rápido de perto de mim.

Vou com o filme rodar os cinemas do Brasil e depois ele passa na TV. Espero que vocês vejam, torço pra que vocês gostem e fiquem a fim de ler um livro dele.

Candé Salles

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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

De Gravata e Unha Vermelha

Identidade de gênero, transexualidade, crossdressing, cultura queer... tudo isso e muito mais ganha luz com o documentário “De Gravata e Unha Vermelha”, de Miriam Chnaiderman, que promete render muitas discussões na quinta edição da mostra INTERIORES.

Que luxo, tem o Jonnhy Luxo

O documentário traz depoimentos de gente que, de alguma forma, desafia os limites entre os gêneros masculino e feminino, evidenciando que a sexualidade e a identidade de gênero são algo para além do físico; é cultural, é social, é pessoal.

Tem a Mel, da Banda Uó, e o Dudu

O filme traz depoimentos de uma galera única. De nomes como Dudu Bertolini, Rogéria, Laerte e Ney Matogrosso. Aliás, Ney é tema de outro filme da mostra INTERIORES deste ano, “Olho Nu”, mas isso fica pra outro post.



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